[soliloquy id=”5043″]O que de mais precioso alguém pode oferecer? A Volvo pensa que é o tempo, por isso prepara medidas para devolver uma semana de tempo livre, por ano, aos seus clientes. Saiba como.
O automóvel é sinónimo de liberdade, permite fazer deslocações onde e quando o condutor tiver vontade, sem grandes restrições.
Mas o fenómeno em que se tornou o acesso em massa ao automóvel, acabou por trazer também desvantagens.
A segurança em caso de acidente, as emissões poluentes e a redução do espaço disponível para usar o automóvel, sobretudo em ambiente urbano, são os aspetos mais negativos apontados pelos condutores e que os construtores batalham continuamente para resolver.
Há muitos anos que a Volvo é conhecida como uma das marcas que mais importância dá à segurança em caso de acidente.
Primeiro com a segurança passiva e nos tempos mais recentes com os sistemas de ajuda eletrónica à condução.
A entrada no mundo da eletrificação, com versões híbridas dos seus modelos mais conhecidos está a ser seguida com a introdução de modelos 100% elétricos, de que o XC40 Recharge é o primeiro exemplo, provando que a marca está a percorrer o caminho da transferência energética.
Como encontrar mais espaço?
Mas a terceira preocupação é talvez a mais complexa de enfrentar: a limitação de espaço para usar o automóvel dentro das cidades.
E também aqui o espaço está ligado ao tempo, quando falamos do tempo gasto pelos condutores no trânsito ou na procura de um lugar de estacionamento.
Manter os benefícios da utilização individual do automóvel e reduzir os inconvenientes é o objetivo da Volvo quando anuncia aos seus clientes que lhes quer “devolver uma semana de tempo livre por ano”, a partir do meio da presente década.
Talvez seja difícil contabilizar exatamente quanto tempo as medidas da Volvo podem efetivamente poupar aos seus clientes. Mas a verdade é que este discurso não se fica pelas palavras.
Qual é o plano?
Como é hábito na Volvo, os compromissos públicos só são anunciados quando há trabalho por trás que os possa sustentar.
Neste caso, fazer os clientes poupar tempo em tudo o que diz respeito à utilização do automóvel, parte de duas grandes áreas de atuação.
Em primeiro lugar, a utilização partilhada do automóvel, o “car sharing” que é visto por muitos como uma solução de futuro. No caso da Volvo, é já uma solução do presente, ainda que limitada no espaço.
A evolução da mobilidade para outros paradigmas além da propriedade do automóvel são o ponto de partida para a nova divisão “M” da Volvo, dedicada em exclusivo ao mundo da Mobilidade e que faz parte ativa do universo de marcas da Volvo.
Está tudo numa App
Tudo começa numa aplicação para smartphone, a partir da qual qualquer pessoa pode passar a utilizar um Volvo, sem inscrições nem fastidiosas burocracias.
Através da App “M” da Volvo, o utilizador pode procurar a “estação” mais próxima deste sistema de “car sharing” e reservar o modelo da marca que deseja utilizar.
Pode escolher o tempo durante o qual deseja usar o carro, desde o mínimo de uma hora a mais de um mês, com tarifários diferenciados. Mas em todos esta incluído o combustível, portagens e seguros.
Quando chega à “estação M” pode abrir a porta do carro que reservou através de uma chave virtual que recebeu no seu smartphone e seguir caminho.
O pagamento é feito por cartão de crédito através da aplicação, quando devolver o carro na mesma estação onde o levantou.
Todos automáticos
À disposição do utilizador estão os modelos mais populares da marca: XC40, V60, XC60, V90 e XC90, todos com um elevado nível de equipamento e todos com caixa de velocidades automática, de forma a poderem ter todos os sistemas de ajuda à condução.
Deste modo, o utilizador pode usufruir das vantagens de usar um Volvo, sem as preocupações de um proprietário.
Quanto ao tarifário, o preço por hora de utilização varia entre os cerca de 13€ e os 8€, consoante o tipo de plano usado. Se for para uma utilização inferior a dez horas por mês ou superior a 30 horas por mês.
A Volvo fez as contas comparativas entre a utilização de um dos seus modelos através deste sistema M, um contrato de leasing, uma compra do mesmo modelo usado ou de um novo e concluiu que o custo mensal do sistema M é, no mínimo, 50% mais barato que qualquer das outras hipóteses.
Para já, este sistema está disponível apenas na Suécia, tendo começado em 2019 com 230 “estações” em Estocolmo e em Uppsala.
Mas está previsto ser rapidamente alargado a outras cidades como Malmö e Gotemburgo. Mais tarde poderá chegar a outros países.
Condução autónoma
Mas a “oferta” de uma semana de tempo livre por ano, que a Volvo promete devolver as seus clientes não se fica pelo “car sharing”.
O programa de desenvolvimento de automóveis com condução autónoma está muito próximo de chegar aos primeiros modelos de produção, depois da construção de sucessivos protótipos de pesquisa.
A previsão da Volvo é que, a partir de meio da atual década, cerca de um terço dos automóveis que vender tenham capacidade de condução autónoma.
Pelo menos em espaços controlados como autoestradas e vias rápidas com faixas destinadas ao efeito.
A parceria com a Uber
O primeiro grande programa de aplicação de veículos autónomos começou em 2016, numa parceria com a Uber e o seu próprio projeto de veículos autónomos.
A Volvo tem um XC90 protótipo equipado com toda a tecnologia e os sensores necessários à condução autónoma dentro do programa desenvolvido pela Uber, pronto a ser usado.
Como acontece nos aviões, os sistemas de direção, travagem e bateria têm várias redundâncias, de forma precaver alguma avaria dos sistemas de primeira linha. Uma medida necessária para garantir a máxima segurança.
A associação entre a Volvo e a Uber para o programa de veículos autónomos, eventualmente usados em regime de “car sharing” prevê a construção de dezenas de milhares de unidades, numa primeira fase para serem usados apenas em vias dedicadas.
A Volvo está convencida que, no dia em que a condução autónoma esteja generalizada, a circulação rodoviária será mais segura.
Autónomos para todos
A tecnologia dos autónomos a ser desenvolvida com a Uber, estará também disponível para os clientes Volvo, a partir do meio desta década.
Será aplicada na nova plataforma SPA2 e estará apta a controlar os automóveis autónomos em vias específicas, numa primeira fase.
Enquanto a tecnologia não estiver generalizada, esta será uma oportunidade de melhorar a experiência da condução de um automóvel premium.
Vai aliviar o condutor dos períodos mais enfastiantes da condução e contribuir assim para lhe devolver algum do tempo que, de outra forma, gastaria a conduzir o seu automóvel.
Conclusão
Com a utilização partilhada do automóvel e a condução autónoma, a Volvo espera conseguir então devolver uma semana de tempo livre por ano, aos seus clientes.
Curioso é o conselho da Volvo para a utilização a semana de tempo livre extra: “não o use para trabalhar mais, use-o para se divertir, para descansar, use-o para si.”
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