[soliloquy id=”3708″] Há híbridos e… híbridos. Os mais complexos são os recarregáveis, também conhecidos como “plug-in”. Saiba como funcionam, em 5 passos simples.
A oferta de modelos híbridos não pára de crescer. As marcas anunciam planos de dezenas de próximos lançamentos de carros eletrificados, para responder à crescente exigência das normas anti-poluição.
Mas nem todos os híbridos são iguais. Entre os semi-híbridos, ou “mild-hybrid”; os híbridos não recarregáveis e os híbridos “plug-in” há um mundo de diferenças.
Os mais complexos são os “plug-in” que a um motor a combustão juntam um motor/gerador elétrico, alimentado por uma bateria de tamanho médio.
Como funciona o híbrido “plug-in”
Estes sistema permite rodar algumas dezenas de quilómetros em modo 100% elétrico, mas também é possível usar apenas o motor a combustão, ou os dois ao mesmo tempo.
A bateria é recarregável num posto público externo ou numa tomada doméstica. Mas também há um modo de regeneração: durante as travagens e desacelerações, o gerador é accionado pelas rodas e carrega a bateria, se bem que não totalmente.
Alguns sistemas “plug-in” têm ainda um modo que coloca o motor a combustão a accionar o gerador, carregando a bateria em andamento.
Não é a maneira mais eficiente de usar um híbrido, mas garante que há energia na bateria para quando se entra numa zona de circulação onde não se quer usar o motor de combustão.
As desvantagens
As desvantagens dos “plug-in” face aos híbridos são óbvias: a bateria é mais pesada e é preciso manipular os cabos de carga, além de ser preciso procurar um carregador público ou ter uma tomada acessível em casa, ou no local de trabalho.
Resumindo, os 5 passos mais importantes do funcionamento de um híbrido “plug-in” são os seguintes:
1 – Modo combustão
Neste modo, apenas o motor a combustão faz mover o veículo. Ou porque a bateria está descarregada ou porque o condutor escolheu um modo de condução que pouca a carga da bateria, para a usar mais tarde.
2 – Modo elétrico
O condutor decide que quer usar apenas o motor elétrico e escolhe o modo EV. Neste caso, a velocidade do carro fica limitada e a autonomia depende do tamanho da bateria, mas não excede geralmente as três ou quatro desenas de quilómetros.
3 – Modo híbrido
Tanto o motor a combustão como o motor elétrico fazem mover o carro, complementando-se um ao outro. É o que acontece quando o condutor acelera a fundo, usando assim o binário máximo imediatamente disponível do motor elétrico. Mas é também a maneira de usar a parte elétrica durante mais quilómetros, reduzindo o consumo em relação a uma utilização exclusiva do motor a combustão
4 – Carregamento exterior
Para carregar a bateria é preciso usar um carregador público ou uma tomada doméstica. As baterias dos “plug-in” não estão preparadas para usar os carregadores rápidos. Por isso é de esperar cerca de três a quatro horas para uma carga completa num posto público, ou o dobro, numa tomada doméstica vulgar.
5 – Modo regeneração
Durante as travagens e as desacelerações, o gerador é accionado pelas rodas motrizes, que o fazem gerar energia, que é encaminhada para a a bateria. Deste modo, consegue aumentar-se a autonomia elétrica, dependendo da frequência e número destas fases de regeneração
Conclusão
Para usar de forma mais eficiente um híbrido “plug-in” é necessário que o condutor se envolva no assunto.
Desde logo, será preciso que coloque a bateria a carregar a partir de um ponto externo com a maior frequência possível. É a única maneira de ter disponível condução com zero emissões locais durante algumas dezenas de quilómetros.
O sistema nunca deixa a bateria descarregar totalmente, para ter sempre disponível a performance máxima, em caso de necessidade súbita, por exemplo numa ultrapassagem. Mas com maior consumo de combustível.
Para quem ignorar a componente elétrica e usar apenas o motor a combustão, deixando a bateria sempre descarregada, terá consumos mais altos. Além disso, está efetivamente a transportar o peso extra da bateria, sem dela tirar nenhuma vantagem.
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