A Opel foi recuperar uma antiga sigla, que usava para versões desportivas, para fazer o mesmo na era da eletrificação. Os Astra Plug-in são os primeiras a usá-la. Saiba o que muda nos novos GSe.
Nos anos setenta e oitenta, a sigla GS/E ou GSE era usada para versões desportivas de modelos de topo, como o Commodore GS/E ou o Monza GSE. O significado era simples: Grand Sport Einspritzung, com a última palavra a querer dizer injeção de gasolina.
Nesta era da eletrificação, a Opel foi recuperar a sigla mas deu-lhe um novo significado: GSe agora quer dizer Grand Sport Electric, como seria de esperar.
A marca do grupo Stellantis está numa fase de eletrificação da sua gama, que em 2024 vai ter todos os seus modelos com versões eletrificadas, ou seja, elétricos ou PHEV. Quatro anos depois, em 2028, todos os modelos da Opel à venda na Europa vão ser 100% elétricos.
Já usada no Manta Elektromod
A sub-marca GSe foi usada recentemente no concept-car Manta GSe Elektromod, uma transformação e eletrificação do Manta da primeira geração que teve imenso êxito nas redes sociais.
Mas o plano é dotar a generalidade da gama de versões GSe, “do Corsa-e ao Astra PHEV, passando pelo Movano-e” diz a Opel.
Para já, o tratamento GSe começou pela gama Astra, incluindo o hatchback e a carrinha e, pelo menos nesta fase, as mudanças não incluem a mecânica que permanece a “plug-in” mais potente da gama, com 225 cv e 360 Nm combinados.
Astra GSe será o primeiro
As mudanças estão na dinâmica, a começar pela suspensão, que é 10 mm mais baixa, tem molas específicas e amortecedores Koni FSD (Frequency Selective Damping) que variam o amortecimento de acordo com as frequência solicitadas pelo pavimento.
Também a direção e o ESP têm uma calibração diferente: mais direta, no primeiro caso e mais liberal, no segundo caso.
Detalhes de estilo
Como não podia deixar de ser, há algumas alterações em termos de detalhes estilísticos exteriores. Os para-choques têm um desenho diferente e mais desportivo, bem como as jantes de 18”, inspiradas nas do Manta GSe Elektromod.
Por dentro, há bancos desportivos que a Opel chama “performance” com acabamentos em Alcantara e certificação AGR. E não faltam siglas GSe, por fora e por dentro.
Conclusão
Apesar de sublinhar que os Astra GSe continuam a ter nas baixas emissões das suas motorizações híbridas “plug-in” um forte argumento, não deixa de ser curioso ver que as antigas estratégias de ter uma versão desportiva no topo da gama ainda continuam a funcionar junto dos potenciais compradores. Pelo menos é nisso que a Opel acredita.
Francisco Mota
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