A VW encontrou um espaço livre na sua gama para encaixar mais um SUV. Trata-se do Tayron, maior que o Tiguan e mais pequeno que o Touareg. Fique com as primeiras impressões no Primeiro Teste TARGA 67, conduzido por Francisco Mota.

Mais um SUV na gama nunca é demais, pelo menos parece ser este o princípio da VW e de muitos outros construtores. No caso da Volkswagen, os modelos e os preços para as versões base são os seguintes: Taigo (26 000€), T-Cross (26 900€), T-Cross (32 300€), Tiguan (38 000€) e Tayron (46 100€).

O Tayron partilha quase tudo com o Tiguan e a sua versão de sete lugares Tiguan Allspace. A começar pela última evolução da plataforma MQB SUV-Evo. O estilo também está muito próximo do que conhecemos no Tiguan, o SUV mais vendido da VW em termos globais. São ambos construídos na fábrica histórica da VW, em Wolfsburg, Alemanha.
Diferenças para o Tiguan
A maior diferença está no comprimento que passa dos 4,54 do Tiguan para os 4,79 metros (mais 25 cm) e na distância entre-eixos que sobe de 2,68 metros para 2,79 (mais 11 cm). Largura e altura são muito próximas. Com estas medidas, o Tayron acolhe três filas de bancos, para um total de sete lugares, sendo os dois de trás rebatíveis para o piso. A capacidade da mala vai dos 345 litros, com sete lugares erguidos, até aos 1915, com apenas os dois lugares da frente em funções. O encosto do lugar dianteiro direito também se pode baixar para diante, libertando um comprimento total para carga superior aos três metros.



A segunda fila de bancos desliza longitudinalmente, para dar mais espaço à terceira fila ou aumentar a capacidade da mala. As costas inclinam em três ângulos. Os sete lugares são de série em todas as motorizações, exceto na híbrida “plug-in” que não os pode ter, devido à presença da bateria do sistema híbrido sob o piso, o que lhe reduz a capacidade da mala dos 850 para os 705 litros.
Três tipos de motorizações
Estão disponíveis três tipos de motorizações: os híbridos “plug-in” eHybrid, o “mild hybrid” eTSI e o turboDiesel TDI. Entre os eHybrid “plug-in” há a escolha entre duas versões. A versão de entrada usa um motor 1.5 de quatro cilindros a gasolina com turbocompressor e um motor/gerador acoplado a uma caixa de dupla embraiagem, gerando uma potência combinada de 150 KW (204 cv) por 50 988€. A versão mais potente deste sistema híbrido eHybrid chega aos 200 KW (272 cv), por 58 391€. A bateria é de 19,7 KWh em ambos os casos, permitindo uma autonomia em modo 100% elétrico de 120 km. A bateria é recarregável até 11 KW AC, numa wallbox ou até 50 KW DC, num carregador rápido.


A versão 1.5 eTSI (46 140€) usa um motor de quatro cilindros turbo e um motor/gerador acionado por corrreia, além de uma pequena bateria de 48 Volt, num típico sistema “mild hybrid”. Tem uma potência combinada de 110 KW (150 cv). Finalmente, O 2.0 TDI Diesel surge na sua mais recente evolução Evo2 com uma versão de 150 cv (preço ainda por definir) e na versão mais potente de 143 KW (193 cv) este por 73 899€ e sempre associado à tração às quatro rodas 4Motion.
Ao volante
Para este Primeiro Teste TARGA 67 tive acesso à versão eHybrid PHEV de 204 cv, numa especificação para empresas Urban (37 490€ + IVA), mas na qual não me apercebi da falta de nenhum equipamento relevante ou de um acabamento menos aprimorado. A sensação de qualidade de materiais está ao nível do Tiguan, o que quer dizer boa.


A posição de condução term regulações de banco e volante muito amplas e o enquandramento destes com os pedais é muito bom. Sentei-me por breves momentos na segunda fila (este PHEV não tem sete lugares) e a sensação de espaço pareceu-me superior à do Tiguan, já para não falar da capacidade da mala que é 215 litros superior.
Como um Tiguan
Em andamento, a direção mostrou uma excelente assistência e tato, bem como o pedal de travão. A suspensão é confortável e a caixa DSG faz muito bem o seu papel em modo automático, ou com as patilhas. O nível de regeneração pode regular-se no infotainment em três níveis: Forte/Baixo/Auto, sendo o último o mais eficiente para condução em estrada e vias rápidas. Só é pena a comutação não estar acessível num botão.
Conclusão
Com o Tayron, a VW completa uma gama de SUV que cobre todos os segmentos relevantes do mercado, acompanhando a continua subida de procura deste tipo de veículos. O Tayron está suficientemente distanciado do Tiguan para ocupar um espaço próprio.
VW Tayron 1.5 TSI DSG PHEV
Potência: 204 cv
Preço: 50 988 €
Ler também seguindo o link:Teste – Tiguan PHEV: O VW mais vendido no mundo virou “plug-in”