É o Lexus mais pequeno de sempre, levando a marca Premium japonesa ao segmento B-SUV, o que mais cresce na Europa. Já esteve em Portugal, para um primeiro contacto estático. Saiba tudo no TARGA 67, em reportagem assinada por Francisco Mota.
Só vai chegar ao mercado nacional em Março, mas a Lexus precisa de começar a trabalhar este novo modelo com antecedência. Afinal, é a primeira vez que vai ter um modelo no segmento B-SUV.
O LBX é o Lexus mais pequeno de sempre (mede 4,19 metros) mas isso não quer dizer que a marca tenha abdicado das principais características que a identificam. O estilo é bastante original, face aos outros Lexus, mas há fatores o formato da grelha dianteira é da família de outros Lexus.
Talvez não seja muito arrojado, mas é elegante, com uma aparência de que é fácil gostar ao primeiro olhar, sem grandes reticências.
Interior à Lexus
A maior ligação com a gama Lexus encontra-se no habitáculo, com materiais de muito boa qualidade, para o segmento, num estilo simples sem ser simplista.
Ecrã tátil integrado na consola, em vez de destacado no topo, volante com excelente pega, bom painel de instrumentos digital e nem falta o punho da transmissão igual aos dos outros Lexus.
O espaço é o que se pode esperar de um B-SUV que partilha a plataforma com o Toyota Yaris Cross, mas com a distância entre-eixos ligeiramente aumentada de 2,56 para 2,58 metros.
Ou seja, nos lugares de trás cabem dois adultos, que nem precisam de ser muito baixos, e o acesso é fácil, porque o LBX tem um tejadilho que não embarca na moda dos B-SUV coupés.
A mala tem uma capacidade de 332 litros, um valor razoável para o segmento. E estas são todas as impressões que pude recolher num primeiro e rápido contacto estático com o LBX, nesta sua primeira passagem por Portugal.
Só “full hybrid”
Mas há mais para saber. A começar pela única motorização disponível em Portugal, um “full hybrid” que junta o motor a gasolina 1.5 de três cilindros atmosférico, com um motor elétrico de tração e um máquina elétrica que funciona maioritariamente como gerador.
É o mesmo sistema do Yaris Hybrid e do Yaris Cross Hybrid, mas com uma bateria de Níquel melhorada, a que a marca chama “bi-polar”, por ter uma nova configuração dos pólos, positivo e negativo, que lhe aumenta a densidade de potência. Isto permite uma resposta da bateria duas vezes mais rápida, segundo a Lexus.
A potência combinada é de 136 cv, o que lhe permite atingir os 100 km/h em 9,4 segundos. As emissões de CO2 são inferiores a 120 g/km, no ciclo misto WLTP.
Cinco versões de equipamento
A gama inclui cinco versões, a versão base e quatro que se posicionam mais ou menos em paralelo: Elegant, Relax, Emotion e Cool.
Variam as cores exteriores e interiores, desenho de jantes, além do equipamento. A versão base, que se chama apenas LBX, já tem A/C automático de duas zonas, jantes de 17”, câmara de estacionamento, ecrã tátil de 7”, entre outros. Custa 34 950 euros mas estará disponível só em Junho.
A versão Elegant passa às jantes de 18” e acrescenta mais equipamento, por exemplo os bancos aquecidos, carregador wireless entre outros. Custa 38 500 euros.
A versão Emotion sobe mais um pouco no recheio e custa 41 500 euros, a versão Relax chega aos 44 000 euros e a Cool sobe aos 44 350 euros, incluindo bancos em pele.
Todas as versões, exceto a base, começam a ser entregues em Março, com as encomendas online já abertas, tendo sido feitas as 50 primeiras reservas.
Conclusão
O nome LBX tem significado, como acontece em todos os Lexus: o L é a marca, o B significa Breakthrough (avanço) e o X significa Crossover. Só o hipercarro LFA tinha recebido três letras, até agora o que mostra a importância deste B-SUV para a Lexus. O seu público alvo é o mais vasto até agora, para a marca, não sendo difícil estimar que será rapidamente o modelo mais vendido da Lexus, pelo menos na Europa. Isto, depois de outras marcas premium, de origem alemã, anunciarem a desistência dos segmentos B e C, para se concentrarem em modelos mais caros.
Francisco Mota
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