[soliloquy id=”6603″]Foi a 13 de Agosto de 1959 que o primeiro cinto de segurança de três pontos chegou ao mercado. Equipava um Volvo PV 544, mas nem todos gostavam de o usar…
Nils Bohlin era engenheiro aeronáutico e trabalhava nos sistemas de bancos ejetáveis quando, em 1958, a Volvo o foi buscar para trabalhar na segurança automóvel.
Um ano depois, o resultado do trabalho da sua equipa era apresentado sob a forma do cinto de segurança de três pontos, para automóveis.
Antes, já existiam cintos ventrais, sem a secção diagonal para suster o tronco, problema que o cinto de três pontos veio resolver.
O primeiro carro do mundo a ser equipado com um cinto de três pontos foi o Volvo PV 544, mais precisamente uma unidade vendida na localidade de Kristianstad, na Suécia.
Mas a reação dos condutores não foi unânime. A eficiência do novo cinto de segurança era clara, mas alguns diziam que se sentiam apertados e que lhe prendia os movimentos.
Não gostavam de o usar
É bom não esquecer que os primeiros cintos, apesar de serem ajustáveis às várias estaturas, não tinham enrolador automático, por isso prendiam o corpo ao assento, deixando pouca margem para movimentos do tronco.
Alguns condutores pensavam mesmo que era perigoso, pois ficariam presos em caso de fogo e não conseguiriam sair.
Em 1963, a Volvo organizou um comparativo entre város tipos de cintos de segurança, incluindo os ventrais e o seu cinto de três pontos e conseguiu provar que a sua solução era melhor.
Só isto permitiu que o conseguisse introduzir no mercado dos EUA e começar a convencer os clientes de que o deviam usar.
Relatório de 67 foi fundamental
Mas foi em 1967 que um outro relatório acabou com todas as dúvidas. Num estudo denominado “28 000 accident report” a Volvo tinha recolhidos dados de todos os acidentes ocorridos na Suécia durante o ano anterior com veículos da sua marca.
E as conclusões do estudo não poderiam ser mais evidentes, provando que muitas vidas tinham sido salvas e que a utilização do cinto reduzia a severidade das lesões dos ocupantes dos bancos da frente entre 50 e 60%.
Mesmo assim, a utilização do cinto de segurança só passou a ser generalizada quando os diferentes mercados começaram a tornar obrigatório o seu uso, a partir dos anos setenta.
A Volvo registou a patente do cinto de segurança de três pontos em regime aberto, significando que todos os construtores de automóveis poderiam conceber a sua versão. E foi isso que aconteceu.
Conclusão
Hoje, o cinto de segurança continua a ser o dispositivo mais importante em caso de acidente.
A Volvo apresenta uma estimativa de mais de um milhão de vidas salvas e não custa nada a acreditar que tenham sido ainda mais, durante 61 anos.
O que é hoje um gesto quase automático, assim que alguém entra num automóvel, antes de começar a andar, teve origem na determinação da Volvo em aumentar a segurança passiva dos seus automóveis, há mais de sessenta anos.
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