O Alfa Romeo Giulia Quadrifoglio recebeu pequenas alterações, tanto a nível estético como mecânico. Descubra aqui no TARGA 67 quais são as evoluções e o que se ganhou.
Para os entusiastas das berlinas desportivas, o Alfa Romeo Giulia Quadrifoglio conseguiu ganhar a preferência de muitos, desde que foi apresentado em 2015.
Feito com base na plataforma “Giorgio” de motor longitudinal dianteiro e tração atrás, o mais potente dos Giulia tem feito um grande serviço para a marca, como bandeira de uma gama pequena.

Depois de em 2019 ter recebido um novo sistema de infotainment, em 2023 foi a altura de ser melhorado noutras áreas.
O que mudou por fora
A mais visível são os faróis, que passam a ser do tipo matriz “full-LED” capazes de detetar carros à frente e ligar apenas os elementos do LED que não os encandeiem.
Esta é também uma solução menos gastadora de energia e menos cansativa para os olhos, durante condução noturna.

Cada ótica tem três elementos, inspirando-se em modelos do passado da marca, como o Alfa Romeo SZ de 1989, também conhecido como o monstro, devido aos seu estilo invulgar. As luzes de trás têm coberturas transparentes. A grelha é negra.
Detalhes fundamentais
O estilo do Quadrifoglio continua dependente de alguns detalhes que fazem a diferença para as outras motorizações, como a aplicação de fibra de carbono em locais como áreas do capót dianteiro e das saias laterais, além da asa sobre a tampa da mala.
Na frente, existe um difusor móvel, também em fibra de carbono, que controla a quantidade de fluxo de ar que passa sob o carro, relevante sobretudo a altas velocidades.

Estão disponíveis jantes de 19 polegadas, com o desenho de cinco orifícios circulares, tradicional dos modelos desportivas do marca, com maxilas de travão que podem ser pintadas em várias cores.
Os pneus são mais largos atrás que à frente: 245/35 R19 e 285/30 R19. O sistema de escape Akrapovic de quatro saídas dá a nota sonora desportiva.
E por dentro?
No habitáculo também há novidades, com novas combinações de couro e alcantara e acabamentos em fibra de carbono genuína, com efeito 3D, no tablier, túnel central e portas. O volante é forrado a alcantara, com longas patilhas metálicas fixas á coluna de direção para comando manual da caixa automática de oito velocidades.

O painel de instrumentos TFT é novo, sendo totalmente digital e configurável. Tem 12,3 polegadas e dispõe de quatro visualizações. Às três já conhecidas de outros modelos da marca, Evolve, Relax e Heritage junta-se a Race.
Na visualização Race ficam disponíveis informações adicionais como as “shift lights” ou outras que o condutor deseje configurar, podendo personalizar as barras laterais.

Está disponível apenas um nível de equipamento, muito completo, que inclui, entre outros, tablier e bancos desportivos forrados a pele, sistema de som Harman Kardon e aplicações em fibra de carbono.
Motor mais potente
Mas a Alfa Romeo não se ficou pelo estilo e modificou também o motor 2.9 litros V6 biturbo, aumentado a potência dos 510 para os 520 cv, ao mesmo regime de 6500 rpm. O binário máximo de 600 Nm não foi alterado.
O aumento de potência foi conseguido através de um novo software de comando do motor, inspirado no que tinha sido desenvolvido para a edição especial GTA.

Apesar desta subida de potência, a aceleração 0-100 km/h não mudou, mantendo-se nos 3,9 segundos e a velocidade máxima subiu 1 km/h, atingindo agora os 308 km/h.

É usado um veio de transmissão em fibra de carbono e o diferencial está equipado com um autoblocante mecânico. O ESC pode desligar-se.
Conclusão
O SUV Stelvio Quadrifoglio recebeu alterações semelhantes. Esta será a última atualização dos Quadrifoglio, a próxima geração de berlinas e SUV desportivos da marca já será elétrica, Por isso, é aproveitar enquanto é tempo, com preços de 118 450€, para o Giulia Quadrifoglio e de 140 150€, para o Stelvio Quadrifoglio.
Francisco Mota
(fotos de João Apolinário)
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