A marca chama-lhe “Let’s Explore” e trata-se de uma campanha onde anuncia a sua aceleração para a eletrificação. A maior novidade é a confirmação do lançamento de 4 novos modelos 100% elétricos nos próximos 3 anos, com preços a partir dos 25 000 euros. Saiba quais são e quando vão estar à venda.
Talvez em Portugal não se note muito, porque o investimento da SIVA na marca Skoda nunca teve a dimensão necessária. Mas o crescimento da Skoda, não apenas nas vendas, mas na relevância dentro do Grupo VW tem sido realmente impressionante.

Para provar o patamar a que a Skoda já chegou dentro do grupo, está o anúncio de investimentos de mais 5,6 mil milhões de euros até 2027, nas suas três fábricas na Chéquia. Um dos objetivos é tornar a operação destas unidades neutra em emissões de CO2.
A marca tem também o objetivo de aumentar a utilização de materiais reciclados nos seus modelos (o Enyaq já usa 13 kg de plásticos reciclados) e de garantir que a sua atividade e da cadeia de fornecedores usa energia sustentável.
Maior produção
Mas o principal objetivo é aumentar a capacidade de produção e não apenas de carros. Além da montagem final dos seus modelos, a Skoda fabrica também caixas de velocidades e sistemas de baterias para muitos modelos do grupo. E vai aumentar a sua capacidade no que à plataforma exclusivamente elétrica do grupo VW, a MEB, diz respeito.

A entrada nos elétricos já foi feita com o Enyaq, com sucesso, desde logo ao nível da qualidade do produto, mesmo comparado com modelos “primos” dentro do grupo que utilizam a mesma base. A versão Coupé será lançada já este mês, para complementar a oferta. Mas isso foi apenas o início.
Mais 4 elétricos
O plano da Skoda contempla o lançamento de mais 4 modelos 100% elétricos até 2026, ou seja, nos próximos 3 anos. E a marca até já deu alguns detalhes em relação a cada um deles.
Já tinha sido confirmado, mas agora é mesmo oficial que a Skoda terá o seu modelo utilitário com base na plataforma elétrica MEB Small que será usada para produzir os já confirmados VW ID.2 e Cupra Raval.

Ainda sem nome anunciado, o Skoda de 4,10 metros é por agora designado por “small” e terá um preço a partir dos 25 000 euros, quando chegar em 2025.
Karoq passa a elétrico
Para substituir o atual C-SUV Karoq, será lançado também em 2025 um SUV elétrico de 4,5 metros que vai receber o nome de Elroq. Um modelo muito importante para a subida de volume da marca, pois é um dos mais vendidos na Europa. Será também o primeiro modelo a passar de ICE a EV

Em 2026, vão ser lançados mais dois modelos 100% elétricos. O primeiro será uma carrinha de 4,7 metros, por agora designada como “combi” e que terá a responsabilidade de transferir este tipo de automóvel para a era elétrica, usando o trabalho que a VW já fez com o ID.7 e a sua versão SW.
Um SUV de 7 lugares
No mesmo ano, será lançado um SUV de 7 lugares e 4,9 metros de comprimento, por agora designado “space” e que a marca assegura ser a versão de produção do “concept-car” Vision 7 S, apresentado em 2022.

Ainda em 2025, tanto o Enyaq como o Enyaq Coupé vão receber um restyling que os alinhará, em termos de estilo, com a nova linguagem “Modern Solid” que estará presente em todos os novos elétricos e que será uma derivação do “concept-car” Vision 7 S.
Modelos a combustão continuam
Além dos requisitos de estilo, esta linguagem promete uma preocupação com a eficiência aerodinâmica, um dos pontos fundamentais para aumentar a autonomia dos carros elétricos.
Mas a Skoda não vai desistir da sua gama de modelos com motor a combustão. Já em 2024, vão ser lançadas as novas gerações do Superb e Kodiaq, mantendo motorizações a gasolina, gasóleo e híbridos “plug-in”.

Para o Octavia, Kamiq e Scala também estão previstas atualizações, não só de estilo, mas também ao nível da eficiência dos seus motores a gasolina, eventualmente com a introdução de sistemas MHEV.
É verdade que foi lançado apenas há dois anos, mas não deixa de ser intrigante que nada tenha sido dito em relação ao Fabia, pelo menos a curto prazo.
Conclusão
Com este plano, a Skoda mostra a maneira cautelosa como vai fazer a sua transição energética, aumentando a oferta de elétricos, mas atualizando ao mesmo tempo os seus modelos a combustão, de modo a poder servir todo o tipo de clientes. A marca diz que terá a sua maior gama de sempre, veremos se as vendas também vão subir aos valores mais altos de sempre.
Francisco Mota
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